Recentemente, vi uma vaga de Gerente de RH com uma faixa salarial de R$ 15 mil a R$ 25 mil. Uma faixa ampla. Estratégica. E isso me fez refletir:
Pago o mínimo para manter a operação. Pago o máximo para transformar o negócio.
Para quem contrata, a lógica é simples: “Quanto estou disposto a investir para não perder a chance de ter alguém realmente bom na minha equipe?”
Do lado de quem busca a vaga, o cenário é outro: R$ 15 mil era o salário que eu ganhava há 8 anos. O custo de vida disparou, a inflação corroeu o poder de compra, mas os salários nem tanto. Se ajustarmos pela inflação, o que antes parecia um valor razoável, hoje já está bem abaixo do que a realidade exige.
A Faixa Salarial e a Realidade do Mercado
A Pesquisa de Salários da Catho de 2024 mostrou que, no Brasil, gerentes de RH recebem, em média, R$ 12.000 mensais. Já as empresas que buscam profissionais mais experientes ou com maior responsabilidade estão dispostas a pagar de R$ 15 mil a R$ 25 mil. Isso depende do setor, da cultura da empresa e do impacto esperado.
A Robert Half também confirma que 65% dos executivos afirmam que seus salários não acompanham a demanda por seus talentos, e 63% acreditam que a remuneração não refletiu o aumento das responsabilidades.
O Mercado Está Pagando Menos ou as Pessoas Valem Menos?
Essa é a pergunta central: O mercado está pagando menos porque o talento vale menos? Ou será que ainda tratamos pessoas como custo e não como ativos valiosos?
A realidade é que o jogo mudou. Hoje não existe mais “o mercado”, existem mercados:
- Startups pagam de forma diferente de empresas tradicionais.
- Indústrias têm outra abordagem.
- Multinacionais mantêm suas próprias tabelas salariais.
E o Salário?
A faixa salarial não é indecisão. Ela é um espelho.
Uma mesma vaga pode valer R$ 15 mil, R$ 20 mil ou R$ 25 mil, dependendo do contexto, da cultura e do nível de impacto esperado. O trabalho é o mesmo, mas a expectativa e o risco são diferentes.
O Impacto de Pagar o Mínimo ou o Máximo
- Pagar o mínimo garante que a operação funcione.
- Pagar o máximo protege o futuro da empresa.
Do lado de quem busca a vaga: Aceitar o mínimo pode ajudar a manter as contas. Aceitar o máximo exige mais: é estar pronto para entregar o “extra”, assumir responsabilidades estratégicas e ser capaz de fazer a diferença.
Em Tempos de Incerteza, o Valor do Talento se Torna Mais Claro
Num cenário em que o dinheiro vale menos e o talento vale mais, a verdadeira pergunta não é: “Qual é o salário?”
A pergunta deve ser: “Qual é o valor de ter (ou ser) alguém que realmente faz a diferença?”
Porque, na verdade, ficou mais barato contratar gente boa, mas ficou muito mais caro perder gente excelente.
E Você?
Agora, eu te faço uma pergunta: Está pensando no custo ou no valor de investir em um profissional talentoso?
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