A inclusão não pode mais ser vista como uma tendência ou uma pauta secundária no RH. Empresas que desejam se manter relevantes e competitivas precisam construir ambientes diversos, acolhedores e acessíveis. E isso começa, invariavelmente, pelas práticas adotadas no setor de Recursos Humanos.
Se você trabalha com gestão de pessoas ou lidera equipes, aqui estão 10 práticas que podem ser aplicadas desde já para tornar o RH mais inclusivo, humano e alinhado aos desafios contemporâneos.
1. Revise a linguagem das vagas
Evite termos excludentes, jargões e expressões que possam afastar pessoas com deficiência, mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e outros grupos minorizados. Prefira uma linguagem direta, acolhedora e neutra em gênero sempre que possível.
2. Torne os processos seletivos acessíveis
Desde a inscrição até a entrevista, avalie se o seu processo é acessível para pessoas com deficiência. Isso inclui formatos de formulário compatíveis com leitores de tela, possibilidade de entrevistas remotas e adaptações conforme a necessidade do candidato.
3. Diversifique os canais de divulgação
Anunciar vagas apenas no LinkedIn ou em sites tradicionais limita o alcance da diversidade. Use redes e grupos especializados em inclusão, comunidades periféricas e ONGs que trabalham com empregabilidade.
4. Capacite lideranças para lidar com diversidade
Não adianta contratar de forma inclusiva se a cultura da empresa ainda é excludente. Treinamentos em vieses inconscientes, comunicação não violenta e liderança inclusiva são fundamentais.
5. Adapte a infraestrutura física e digital
Rampas, banheiros acessíveis, sinalização adequada, além de sistemas digitais compatíveis com tecnologias assistivas, são exemplos de adaptações que impactam diretamente a permanência de profissionais com deficiência.
6. Crie políticas internas de acolhimento
Programas de escuta ativa, canais de denúncia, mentorias inclusivas e grupos de afinidade fortalecem o pertencimento e ajudam a prevenir discriminações.
7. Promova a equidade salarial
Realize auditorias periódicas para identificar e corrigir eventuais desigualdades salariais entre pessoas que ocupam a mesma função, mas pertencem a grupos diferentes.
8. Incentive o uso do nome social
Respeitar o nome e a identidade de pessoas trans é uma prática simples e poderosa. Sistemas internos e crachás devem refletir o nome social, independentemente da documentação civil.
9. Monitore indicadores de diversidade
Acompanhar a representatividade nos diferentes níveis da organização ajuda a guiar ações concretas e mostra compromisso com a pauta.
10. Dê voz às pessoas
Ouça os funcionários sobre suas experiências, dores e sugestões. Criar espaços seguros de fala é essencial para construir um RH que respeita, aprende e evolui junto com as pessoas.
Inclusão é atitude diária. Pequenas ações consistentes no RH geram grandes impactos na cultura organizacional. Ao tornar seus processos mais justos e acessíveis, você não só atrai talentos diversos, como também fortalece a marca empregadora da sua empresa e contribui para um mundo mais equitativo.
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